domingo, 25 de outubro de 2009

Doação de Sangue e Medula Óssea

Estava conversando com uma pessoa que conheci numa comunidade do ORKUT que está precisando de uma transfusão de medula óssea. Esta pessoa expos a dificuldade de encontrar um doador compatível. Fica numa média de 1 doador compatível em cada 100.000 doadores.

Quem puder colaborar basta procurar um hemocentro de seu município. Basta procurá-los e informar que deseja DOAR SANGUE ou DOAR MEDULA ÓSSEA.


sábado, 10 de outubro de 2009

Baú de textos(1)- Novas percepções: Arte e Acessibilidade

O texto a seguir foi originalmente publicado no blog “VersoProsaRock” em 1/11/2008. Trata-se de uma resenha sobe a exposição “ A Poética da percepção” que propôs uma discussão sobre a acessibilidade na arte.



Por si só, a arte tem por função derrubar barreiras. Mas, ainda assim, o acesso ao mundo artístico é muitas vezes limitador. Sem enxergar, não há a possibilidade de conhecer e interpretar as várias nuances de um quadro, ou acompanhar um filme, por serem artes de estímulos basicamente visuais. Isso sem contar a falta de acessibilidade, e as muitas barreiras ainda não quebradas.

E é exatamente isso que a exposição " A Poética da Percepção" debate: é possível fazer uma exposição acessível, aberta todos os públicos?

Entre as várias obras presentes, pode-se sentir o aroma do café, proposta feita pelo "Herói-Marginal" Hélio Oiticica, sentir as feições do Presidente Lula, que está representado em formato "barbudo de pelúcia" e acrescido de uma alça. Há ainda esculturas de Brecheret, onde pode-se tocar e sentir todas as suas formas e curvas.

Para os aficcionados por música, a exposição revela surpresas: uma espécie de piano, que simula inúmeros sons originais, que fariam inveja em bandas de rock progressivo. Isso sem contar as bonecas sem cabeça, onde chegando perto delas, pode-se escutar "I´m Your Man" de Leonard Cohen.

Mais do que mostrar as múltiplas possibilidades da arte concreta, a exposição trata do acesso, e tenta facilitar a interação das obras com o público, propondo a decantada quebra de barreiras, e mergulhando o expectador em um mar de possibilidades e experiências, independente de possíveis limitações.
(Lucas Jeison)


E mais uma vez, está aberta a discussão: o que pode ser feito para promover a acessibilidade dentro de cinemas, teatros, museus e demais espaços culturais? É fundamental a participação de novos colaboradores, que queiram ampliar ainda mais o palco da Acessibilidade.

domingo, 4 de outubro de 2009

Test drive: Sampa de ônibus e metrô



São Paulo sempre encantou-me desde criança, a arquitetura, as pessoas, os sotaques, o cinza do concreto contrastando com o verde dos parques, o trânsito! Opa!!! O transito?? Isso mesmo o pior trânsito do país, caótico, barulhento, irritante, esse foi o motivo da minha viagem para São Paulo, precisava testar minha mobilidade e adaptação ao uso de transporte público, principalmente ônibus e metrô, adequados ou não para cadeirantes, essa experiência era fundamental para o projeto do curta-metragem na Europa, além do filme que será filmado em Frankfurt, em julho de 2010 irei morar em Valência na Espanha e usarei apenas transporte público.

Fiquei hospedado na Pompéia, próximo ao campo do Palmeiras, rodava até a esquina e chegava ao ponto de ônibus, de lá seguia até o metrô Vila Madalena ou até a Av Dr. Arnaldo, ou até a Paulista desses pontos cheguei a qualquer canto, cinza ou verde de Sampa, bem, os ônibus, com o piso rebaixado e rampas, melhor solução, mais prática e rápida para o embarque e desembarque, ou com plataformas hidráulicas o trocador / cobrador auxiliava no embarque e no desembarque, parecia que receberam treinamento para essas tarefas, o ônibus pode parar aonde precisasse, mesmo fora do ponto, por ser cadeirante não pagava a tarifa, a cadeira era fixada a um cinto de segurança, nem balançava, mesmo descendo aquelas ladeiras do Sumaré a quase 60Km/h, adrenalina a mil, me sentia em um mega skate, mas com a cadeira pesa, sentia-me seguro.

Poucas estações de metrô possuem elevadores, muitas estão instalando os elevadores e até ano que vem, todas terão elevadores, observei que em todas as estações que passei havia piso tátil, na falta do elevador, seguia de escadas rolantes com o auxílio de funcionários do metrô, na grande maioria das vezes educados e prestatíveis. O primeiro trem é prioritário para idosos, gestantes e deficientes, mas nem sempre isso é respeitado, principalmente nos horários entre 6h00 e 9h00 e após às 17h00, no metrô o cadeirante que não é cadastrado paga o bilhete, nesse horário, fazia meu direito ser respeitado na força e seguia a máxima: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”, do contrário ainda estaria na Sé esperando embarcar.

O resumo dessa aventura de 10 dias foi positivo, lógico que o ideal seria todos os ônibus serem acessíveis, a frota de ônibus ser no mínimo duplicada, e todas as estações de metrô completamente acessíveis, mas constatei que por onde andei encontrei funcionários treinados, um forte indício da preocupação do poder público com a questão da inclusão do respeito e da acessibilidade, lembrando que para ser respeitado, antes tenho que chegar lá.


Fred Carvalho

www.fredcarvalho.blog.br